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Objetos versus Arquivos (Squeak vs Eclipse)

Objetos ou Arquivos


No Unix, os arquivos são utilizados como a metáfora comum para uma ampla variedade de propósitos. Nesse mundo, dispositivos, processos, recursos do sistema são mostrados como arquivos. Apesar das limitações, esse é um conveniente meio de realizar diversas tarefas administrativas. Operações com direcionamento são utilizados de forma sistemática para arquivos ou dispositivos (ex: ls > ls.txt ou ls > /dev/lpt1 ). No windows, todos recursos são objetos, inclusive os arquivos. Isso também proporciona uma forma conveniente para manipular tais conceitos. Mas, não vemos no Windows a mesma facilidade de manipulação para fins administrativos que temos no Unix.

Um cenário semelhante acontece com as plataformas de desenvolvimento. De um lado, temos o Java/Eclipse, onde cada classe é representado por arquivos do SO e do outro lado, Smalltalk/Squeak as classes são objetos armazenados em memória e de alguma maneira persistido no computador (a tal imagem da área de trabalho). No caso dessas duas plataformas, fico com o Java, porque ela não me bloqueia a alteração das classes. Basta um bloco de notas para fazer alterações. Assim, é possível delegar para outros programas funções como backup, transmissão de informação, versionamento.... O que é mais fácil, compartilhar uma classe em Java ou em Smalltalk!? E, dentro do ambiente Eclipse, temos quase a sensação que a classe não é um mero arquivo, mas de fato um modelo de objeto, com propriedades e funções, com várias formas de se apresentar.

Não quero aqui desprezar a idéia da representação de objetos, mas reforçar a idéia de que a interoperabilidade é peça fundamental na arquitetura de um sistema. Vale mais um monte de arquivos, que se possa manipular da forma do que objetos que sejam de difícieis de mexer.

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